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Empresas familiares

Empresas familiares: 5 dicas de gestão

Empresas familiares, se você está inserido em uma, leia este artigo e coloque em prática essas dicas para melhorar os resultados da empresa hoje.

Antes de tudo preciso te contar uma coisa que talvez você não saiba sobre gestão de empresas familiares: 90% das empresas brasileiras são familiares.

O que é ótimo, pois mostra que você não está sozinho nessa missão e que o papel das empresas familiares no nosso país é IMPRESCINDÍVEL.

A segunda informação é o motivo desse texto: a cada 100 empresas familiares, 30% chegam na segunda geração e incríveis 5% na terceira, segundo números do IBGE.

Para complementar essa estatística, o principal motivo é que os negócios quebram e as empresas acabam sendo obrigadas a fechar as portas.

Vou te contar nesse texto porque as empresas quebram e como é importante dedicação máxima á gestão de empresas familiares.

Vamos começar definindo o que é gestão. Algumas pessoas costumam confundir gestão com ser o dono da empresa ou tomar decisões estratégicas. Espero que não seja o seu caso.

 

O que é gestão?

Gerir ou administrar uma empresa significa guiá-la para um objetivo.

Ou seja, é responsabilidade do gestor – independente qual nome ele tenha na sua empresa – determinar qual o propósito (objetivo)  da empresa e qual melhor caminho para chegar lá.

Você faz isso hoje na sua empresa? Ou você apenas ordena, exige, executa tarefa atrás de tarefa sem fornecer os recursos (humanos, financeiros, físicos, etc) necessários ao crescimento da sua empresa?

Gerenciar uma empresa não é tarefa fácil e a gestão de empresas familiares menos ainda. E é por isso que as dicas abaixo são essenciais para que a sua empresa faça mais que sobreviver, que ela cumpra com o propósito, gerando empregos e o retorno financeiro que você espera dela.

 

5 dicas de gestão de empresas familiares para conquistar resultados

 

Dica #1: Defina os objetivos da empresa

Como eu disse, a gestão de empresas familiares tem uma relação estreita com objetivo (propósito).

É impossível guiar a empresa para resultados se você não sabe qual o resultado você quer alcançar. Aparentemente é uma afirmação óbvia, mas na prática não é assim que funciona.

Vamos fazer um exercício de consciência: se pergunte qual o objetivo da sua empresa hoje. Porque e para que ela existe? Qual o papel dela na sua vida e na sociedade?

Esse é o primeiro passo para descobrir os objetivos principais da sua empresa e desdobrá-los em ações para conseguir atingi-los. (Lembra sobre “guiar para o objetivo?”)

 

Dica #2: Entenda o papel de cada um (dê nome aos bois)

Todos sabemos que uma das principais dificuldades da gestão de empresas familiares envolve responsabilidades e autoridade de mais de um(a) tomador(a) de decisões.

Esse problema é facilmente resolvido quando é estabelecido o papel para cada um na empresa.

Agora que você já definiu o objetivo da sua empresa e qual o caminho a seguir, você conhece também qual estrutura de funções sua empresa necessita. Assim, é hora de entender o perfil dos seus sócios e também dos seus colaboradores.

Mapeado cada perfil é possível encaixar cada colaborador em cada função.

Por exemplo, uma pessoa mais comunicativa, que goste de lidar diretamente com pessoas, que tem mais empatia pode ser responsável pelas vendas, qualquer que seja a função que ela assuma (operação, supervisão, gerência ou diretoria).

Conhecendo as tarefas e responsabilidades de cada função e definindo o responsável é praticamente impossível que ocorram conflitos nas questões de gestão de empresas familiares.

 

Dica #3: Ensine o time (principalmente os sucessores)

Um das alavancas mais importantes para que uma empresa alcance os resultados que deseja é a autonomia dos colaboradores.

Essa autonomia só é possível na gestão de empresas familiares quando existe uma gestão do conhecimento existe.

É preciso perder esse medo – que existe na nossa cultura – de passar o conhecimento adiante.

Para ter uma equipe de alta performance que entrega ótimos resultados é PRECISO ter como prioridade o aprendizado sempre.

A minha (valiosa) dica então é: invista no seu time. Forneça treinamentos para seus colaboradores sobre a operação que eles executam, sobre gestão, sobre liderança, sobre produtividade ou qualquer outro ponto de crescimento.

Ensine tudo que você sabe e saiba aprender com isso.

 

Dica #4: Crie padrões para processos e canais importantes

Parece uma dica engessada e até mesmo ultrapassada não é mesmo? Mas não é.

Criar padrões para os processos mais importantes da empresa é um dos pilares da gestão de empresas familiares.

Isso porque eles (padrões) garantem a qualidade do serviço prestado ou do produto vendido. Os padrões são documentos em que há um passo a passo do que deve ser feito para desempenhar determinada tarefa.

Assim é possível que QUALQUER pessoa execute a ação descrita nele. Então, caso um funcionário falte ou saia da sua empresa, a perda não será tão grande.

Esse texto te ajudará a implementar os padrões na sua empresa. Ele mostra modelos e como fazer um POP (Procedimento Operacional Padrão).

 

Dica #5: NÃO tome decisões no achismo!

Deixei essa dica por último porque ela é um pouco mais trabalhosa.

Como você toma as decisões da sua empresa hoje? Consultando amigos e familiares, pessoas experientes no assunto ou pela intuição? (achismo)

Gestão envolve dados e as informações por eles geradas. A gestão de empresas familiares não é diferente.

É preciso entender qual a resposta mercado, o clientes, os colaboradores, os fornecedores fornecem em relação a sua empresa. Para isso existem os dados.

Por exemplo, você MEDE quantas pessoas entram na sua loja por dia? E quantas dessas pessoas adquirem alguma mercadoria (ou serviço)? E mais, quanto tempo essas pessoas ficam dentro da sua loja? Quanto elas gastam em média com seus produtos?

Se você é dono de indústria é importante mensurar o ritmo de produção da planta, quantas paradas acontecem por dia, quais dessas paradas são programadas quais não, qual a capacidade instalada da planta, porcentagem de refugos, dentre outros..

Se você não MENSURA os dados acima e se não TOMA AS DECISÕES com base neles você não está fazendo a gestão da sua empresa. Pelo menos não como deveria.

Vou te provar com um exemplo. Imagina que suas vendas caíram por um período de tempo. O que você faz? A primeira coisa que vem na cabeça da maioria das pessoas é vou investir em marketing ou vou fazer uma promoção.

Isso demonstra falha na gestão. Primeiro, o objetivo é aumentar as vendas. Marketing atrai mais pessoas para sua empresa. Mas e se o problema for conversão das pessoas atraídas em venda sua empresa continuará com as vendas baixa.

Se não existir um processo de vendas definido ninguém garante que investir em marketing aumenta vendas.

Quanto a fazer promoção a decisão é pior ainda. Você tem dados que comprovam que as pessoas não compram por causa (exclusiva) do preço? Até que preço ainda é possível vender um produto (ou serviço) sem ter prejuízos?

É muito provável que você fique um pouco aborrecido comigo nesse momento. Mas tenho certeza que você concorda com minha colocação. E é por isso que escrevi esse texto com essas 5 dicas sobre gestão de empresas familiares.

Se você seguir as dicas acima tenho certeza que sua empresa NÃO fará parte das estatísticas das que quebram ou lutam pela sobrevivência.

Com essas dicas aliadas a sua experiência no negócio você guiará sua empresa para que ela cumpra o propósito, gere mais empregos, atenda sua necessidades pessoais e financeiras, contribuindo para o crescimento e aumento da qualidade do país.

Sucesso 😉

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Consultor de Gestão com mais de 10 anos de experiência em gestão em diversos setores da economia e em empresas de vários portes. Sócio fundador do Meu Gestor e trabalhando para resolver os problemas de gestão de pequenos empreendedores em todo o Brasil.

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